Imagine a situação:
um educador se dirige a seus alunos com o intuito de descobrir quantos deles
possuem perfis nas redes sociais.
É possível imaginar
uma cena na qual quase todas (para não dizer todas, por completo) as mãos
estariam erguidas, no sentido de afirmar que ali, ali mesmo, boa parte usufrui
de tal recurso tecnológico. Assim, não há como negar que essa se trata de uma
realidade imutável.
Em face dela, eis que
um questionamento emerge de maneira relevante: como fazer das redes sociais ferramentas aliadas na escola?
Respostas a tal indagação por certo se tornam plausíveis à
medida que um dos atributos do educador é buscar meios, subsídios, os quais lhe
proporcionarão a eficácia necessária à concretização dos objetivos a que se propõe
mediante a relação de ensino x aprendizagem.
Um deles, por
excelência, é fazer com que os educandos se sintam motivados a adquirir o
conhecimento de que tanto precisam – dada a condição de que atualmente se
mostram mais “exigentes” do que nunca. Pois, a rede social mais do que entreter, podem atuar
como forma de interação, tornando-se um dispositivo valioso do qual pode se
valer o educador no sentido de facilitar seu trabalho em sala de aula.
Com base nessa
premissa, o presente artigo tem por finalidade abordar os aspectos benéficos
proporcionados pelo uso das redes sociais, desde que utilizadas de forma
consciente por ambas as partes (docente x educandos).
O primeiro aspecto
que deve se levar em conta diz respeito ao contato estabelecido entre o
educador e os discentes por intermédio dessas redes. Se tal espaço se concebe
como “público”, a imagem
do professor, enquanto profissional, deve ser consideravelmente preservada, no
sentido de que o professor deve ser concebido como tal dentro e fora de escola.
Assim, a forma como deverá proceder não é a mesma que se manifesta dentre um
grupo de amigos íntimos.
Certo disso, podemos afirmar
que: “O mais importante é fazer com que os professores se lembrem de que não
existe tecnologia impermeável, mas comportamentos adequados nas redes”. Nesse
viés de conduta, o educador pode orientar os educandos no sentido de lhes incutir
que os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut atuam como importantes
espaços para troca de informações acerca dos conteúdos ministrados em sala de
aula. Assim, neles imersos, os alunos poderão ter a oportunidade de indicar
links, páginas de instituições, vídeos, reportagens interessantes, as quais
poderão, em muito, contribuir para o avanço da aprendizagem.
De posse das
informações colhidas, torna-se propício o momento para sugerir um debate
virtual cujo tema pode ser um fato polêmico, atual.
Tal procedimento
permite que os mais tímidos se posicionem frente à turma e desenvolvam a
capacidade argumentativa, tão útil quanto necessária.
Dessa forma, muito já
se falou em interação. Vamos, portanto, aos cuidados que se deve ter ao fazer
uso do benefício em questão.
Então é estabelecer
regras previamente, as quais devem atuar como um código de conduta. Assim, quem
desrespeitá-las estará sujeito (a) a punições cabíveis ao ato. As verdadeiras
intenções de se utilizar as redes sociais como aliadas da aprendizagem precisam
estar claras para os pais, de modo a não correr o risco de interpretações
errôneas.
Portanto, sempre
haverá aqueles educandos, ainda que em menor proporção, que não usam esses
recursos tecnológicos. Dada essa realidade, torna-se imprescindível o fato de
eles não se sentirem excluídos, por isso o ideal é fazer uso dessas ferramentas
disponibilizadas pela intranet da própria escola. Assim, todos poderão ter
acesso.
Professor Jurandir Pereira da Silva
Professor Jurandir Pereira da Silva
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